É inegável a preocupação e em consequência, a tecnologia dispensada visando à melhoria constante da empregabilidade do som nas propagandas, tendo em vista sua grandiosa importância no contexto.
O som traz mais vida à obra tornando-a especial e mais agradável para aceitação e compreensão do observador. A preocupação com a fusão do áudio e o visual vem de longa data e com a propaganda, não poderia ser diferente.
A evolução e a empregabilidade do som na propaganda demonstra-se um acompanhamento sutil ás tendências que ocorriam em cada época. No início, por exemplo, notam-se propagandas parecidas com curtas cinematográficos onde o som acompanha as técnicas realizadas nos filmes. Outra observação importante são as narrativas das propagandas, onde algumas dispensam outros recursos sonoros conseguindo manter um incrível impacto. Nessa época é visível a preocupação com o contexto sonoro em todo projeto.
Posteriormente após significativas melhorias tecnológicas houve uma migração dos profissionais da propaganda para uma nova tendência da comunicação momentânea. A febre do vídeo clip (MTV). As propagandas passaram a ter um formato idêntico a vídeo clip onde os termos sonoros foram reduzidos usando em sua maioria músicas prontas tendo um maior foco no visual deixando o som como coadjuvante.
Houve assim para muitos uma regressão sonora. Apesar do avanço tecnológico e várias possibilidades diferenciadas para o áudio, a criatividade foi substituída algumas vezes pela objetividade sem preocupação com a qualidade criativa e com o lúdico que o som bem elaborado proporciona.
Hoje temos propagandas que tentam impactar mais pela intensidade sonora (volume) que com projetos sonoros que contextualizam e interagem diretamente com a mensagem transmitida. Ao observar o tema, em alguns momentos tenho uma sensação nostálgica e retorno ao tempo onde o som era produzido por músicos e não por softwares. Ainda assim, a evolução sonora das propagandas como em todo processo comunicativo é surpreendente e de grande valia a todos, o diferencial está em saber usufruir dos recursos com sabedoria, bom senso e criatividade. Vale lembrar que o som tem o poder de tocar a alma.
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