terça-feira, 26 de outubro de 2010 Tags: 0 comentários

A carta da vez é o MySpace. Ou será que era?

MySpace é uma rede social que utiliza uma rede interativa de fotos, blogs e perfis de usuário. Foi criada em 2003. Por um período considerável foi a maior rede social do mundo. Até recentemente era a maior rede social dos Estados Unidos e segunda maior do mundo.

O  MySpace possui sistema interno de e-mail, fóruns e grupos. Outrora, a então crescente popularidade do site e a possibilidade de hospedar arquivos de áudio no formato Mp3 fizeram com que muitas bandas e músicos se registrassem, tornando inclusive suas páginas de perfil o seu site oficial.

O Google Trends revela que o interesse global pelo MySpace começou a crescer em 2005, apresentando o seu ápice em 2007. Durante 2008 o interesse pelo MySpace refletido no volume de referências demonstrou-se até certo ponto estável. Foi o ano em que o MySpace conseguiu se aproximar dos 120 milhões de perfis ativos.

Pesquisa pelo MySpace no Google Trends

No entanto, no final de 2008 os ventos mudaram para o MySpace. Foi quando ele começou a perder espaço para redes sociais alternativas (subentenda-se Facebook). A rede primeiro viu sua base de usuários estagnar-se. A leitura do gráfico do Trends para 2009 e 2010 revela o que aconteceu com o MySpace neste período. Após a estagnação vem a desativação de perfis.

No Brasil, o MySpace teve o seu apogeu entre o fim de 2008 e quase todo o ano de 2009. Sendo muito referenciado em São Paulo, as por customização de layout dominaram o Google. Assim como em todos os países onde o MySpace fez sucesso, no Brasil  boa parte da audiência foi visitar o serviço atraída pelos artistas famosos que lá estavam e/ou pelos novos artistas lançados no MySpace.


O MySpace fez muitas grandes apostas. Parte considerável da boa receptividade para a ferramenta aconteceu em função da hospedagem de vídeos e Mp3. Com a popularização do YouTube, e o surgimento de “n” formas de se distribuir arquivos Mp3, o MySpace acabou perdendo espaço. Surgiu muita concorrência de produto, porém muito mais ainda concorrência genérica.

Quando o conglomerado de mídia News Corporation comprou a rede social por 580 milhões de dólares, o MySpace estava prestes a alcançar o patamar dos 100 milhões de usuários. Avaliações indicavam que em 2 anos o serviço valeria cerca de 15 bilhões de dólares. As mesmas pessoas avaliavam Facebook e YouTube em 1 bilhão de dólares.

Visão do Google Insights para pesquisas do Brasil

Não levem tão a sério as projeções. São possibilidades. Algumas acontecem, outras não. Dependem sempre de uma série de fatores. Hoje, o Facebook vale 15 bilhões de dólares, e o MySpace está em decadência. Ruma para se tornar uma rede segmentada, fonte de entretenimento para músicos e apreciadores. Pouco para quem já foi o maior do mundo.

Mas é assim que funciona. Muitas fórmulas novas foram lançadas. Serviços se reinventaram. E o MySpace não soube como lidar com os adversários. Aqui cabe um axioma: chegar ao topo é fácil, difícil é manter-se lá. O MySpace é prova digital legítima disso.

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