Depois do sucesso expressivo da campanha do atual presidente dos Estados Unidos (Barack Obama), onde a fusão da política com a internet foi usada em toda sua amplitude, era esperado vestígios dessa novidade nas campanhas políticas do Brasil. E essa novidade veio de forma abrangente e definitiva. Não haverá possibilidade de falar em política sem ressaltar as mídias sociais e logicamente, os responsáveis por administrar as campanhas eleitorais, estão atentos a essa nova metodologia.
Em relação aos candidatos a presidência da república no segundo turno, tanto o candidato do PSDB José Serra quanto à candidata do PT Dilma Roussef, tem usado sistematicamente os recursos das mídias sociais e toda sua gama de opções e variantes. Essas mídias, para ambos os candidatos, estão sendo utilizadas desde a pré-candidatura com o objetivo específico de tentar criar um elo interativo com simpatizantes e potenciais eleitores. As estratégias de comunicação nas redes sociais dos dois candidatos são bem parecidas. Em primeiro momento há uma busca por interação, mas logo se vê que é uma estratégia eleitoreira bem formatada em prol de um composto promocional elaborado para sua candidatura.
Em breve pesquisa sobre o assunto, nota-se que a presença dos candidatos nas redes sociais é abrangente e englobam praticamente todas as mídias conhecidas (blog, site, microblog, dentre outros), tem uma boa frequência de atualização e grande grau de influência. O problema está na forma de utilização, como os candidatos utilizam essas ferramentas. Nesse ponto, vejo despreparo dos candidatos em relação ao uso dessas mídias. Talvez por costume de se propor a uma campanha nos veículos tradicionais, onde o eleitor não tem voz ativa e tende a ouvir de forma quase que obrigatória as ideias dos candidatos de maneira fechada, para atingir objetivos próprios.
Essas novas mídias exige dos candidatos equilíbrio e uma grande interação com o público que passa a ter voz ativa. Com essa nova ferramenta o eleitor consegui ser ouvido e isso faz grande diferença podendo influenciar outros eleitores com um diálogo aberto e franco ampliando todo processo democrático. Vendo esse despreparo e/ou desinteresse por parte dos candidatos em manter uma interação com eleitor (uma interação de troca de informação) torna o poder das redes socais ainda inoperante diante de sua real proposta.
Dessa forma ressalta-se que os candidatos mantem sua presença nas redes sociais mais por modismo do que visando uma possível e democrática interação. Isso pode influenciar na aceitação ou rejeição dos candidatos por parte do eleitor 2.0. Depende do ponto de vista de cada eleitor e do que ele busca da sinergia da política com as redes sociais e dos candidatos em questão. O certo é que cada vez mais o uso das redes sociais se tornará indispensável, inteiramente e verdadeiramente democrático. Quanto aos políticos vão ter que se adaptar a essa nova era.
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