terça-feira, 27 de maio de 2008 Tags: 6 comentários

Formas de expressão

Olá pessoal! Hoje vou falar sobre algo que passou a ter ainda mais importância para mim após a entrada na Faculdade, o teatro, e como através dele obtive melhorias no meu processo de comunicação.

Sempre tive um interesse muito grande no que diz respeito a essa arte e a partir de 2007 tive a oportunidade de me aprofundar neste mundo tão atraente. Estou há um ano e meio fazendo o curso, e consigo perceber algumas mudanças.

Os cursos são ministrados tanto para interessados em ingressar na carreira artística quanto para aqueles que procuram atividades prazerosas, que ajudem a relaxar, evitar o stress e até mesmo vencer a timidez. O teatro permite melhorias na postura corporal e vocal, desenvolve a criatividade, proporciona segurança e bons resultados nas atividades do dia a dia. As disciplinas abrangem a interpretação, improvisação, expressão corporal e expressão vocal.

Descobri que muitas dificuldades de comunicação ocorrem quando as palavras têm variedade de sentido. O significado das palavras não está nelas mesmas, mas nas pessoas (no repertório de cada um e que lhe permite decifrar e interpretar cada uma). Mas pessoas não se comunicam apenas por palavras. Os movimentos faciais e corporais, os gestos, os olhares, a entoação são também importantes: são os elementos não verbais da comunicação.

Alguns psicólogos afirmam que os sinais não-verbais têm as funções específicas de regular e encadear as interações sociais e de expressar emoções e atitudes interpessoais. Abaixo estão algumas nas quais podemos nos identificar. Veja que interessante:

a) Expressão facial: não é fácil avaliar as emoções de alguém apenas a partir da sua expressão fisionômica. Por vezes os rostos transmitem espontaneamente os sentimentos, mas muitas pessoas tentam inibir a expressão emocional.

b) Movimento dos olhos: desempenha um papel muito importante na comunicação. Um olhar fixo pode ser entendido como prova de interesse, mas noutro contesto pode significar ameaça, provocação.

c) Postura e movimentos do corpo: os movimentos corporais podem fornecer pistas mais seguras do que a expressão facial para se detectar determinados estados emocionais. Por ex.: inferiores hierárquicos adotam posturas atenciosas e mais rígidas do que os seus superiores, que tendem a mostrar-se descontraídos.

d) Comportamentos não-verbais da voz: a entoação (qualidade, velocidade e ritmo da voz) revela-se importante no processo de comunicação. Uma voz calma geralmente transmite mensagens mais claras do que uma voz agitada.

Assim são os seres humanos, desdobram-se em um mundo de relações interpessoais e intercomunicação. Somos seres falantes, mas nem tudo que comunicamos é verbalizado. Existem muitas outras formas de expressar-se, além da fala propriamente dita. Nós, futuros publicitários, temos de ser hábeis em nossas formas de expressão. Devemos ser poliglotas, mesmo falando uma língua apenas. Este é o meu recado de hoje! Até a próxima! Beijos!

Luciene Duarte Carvalho

Nossa percepção das coisas

A publicidade tem um mecanismo muito interessante, enraizado em fatores psicológicos, e eu vou falar um pouco sobre isto hoje. É interessante notar o caminho seguido pelas campanhas publicitárias para levar uma dada mensagem para dentro da mente dos consumidores. É um cenário complexo, por isso vou fixar-me em um ponto, a percepção do consumidor e a sua atenção ao que lhe é oferecido pelos veículos de comunicação.

Toda campanha publicitária, independente do produto trabalhado, visa algo específico. Em um primeiro momento é simples, os anunciantes querem atenção. Esta será trabalhada em toda a continuidade da propaganda e/ou campanha. Mas é bom fixar isto. No primeiro instante, o que conta é fazer-se perceber pelo consumidor. Produto que não é notado, não é comprado! Isto é fato!

Porém, como se dá esta percepção das coisas? Isto é interessante, porque não existe apenas uma forma de atenção. Curioso como não nos damos conta imediatamente disto. Só notei os diferentes níveis de atenção ao ler um livro do Armando Sant’Anna.

A atenção é em um primeiro momento espontânea. O Armando Sant’Anna fala em uma “inquietude afetiva”, um rompimento provocado por algum choque. Acredito que seria uma espécie de “atenção flutuante”, que espontaneamente “pousa” sobre algo. Eu não determino que minha atenção pare em algo. É espontâneo, acontece meio que por si mesmo. Note que é o nível mais básico de atenção. Uma percepção quase que casual das coisas.

Porém, existe também a percepção voluntária. É quando eu digo que minha atenção deve parar diante de um objeto dado. Nada flutua. Aqui eu comando o caminho feito por minha atenção e determino que ela deva dirigir-se para um lado, e não para outro. E que ela deva parar em um objeto e não em outro. Eu tenho consciência do que percebo, e posso cessar de perceber em qualquer momento, basta querer.

Portanto, talvez possamos falar em atenção indireta e direta, respectivamente. Em uma eu sou passageiro da minha percepção. Em outra, sou o guia dela. Mas resta ainda outro nível de atenção. Armando Sant’Anna chama-o de atenção fascinada. É quando você deslumbra-se diante de algo. Fica-se de tal modo fascinado, que se desaparece diante do objeto. Acontece o que eu gosto de chamar de encantamento, pois a atenção transforma-se em contemplação.

Aqui se abre uma questão. Qual nível de atenção os publicitários devem buscar provocar nas pessoas? Bom, a atenção espontânea é passiva; a voluntária é ativa; a fascinada é automática. O bom publicitário deve saber quando trabalhar em cima da manifestação de cada uma. A atenção fascinada compensa quando se quer provocar um mecanismo automático, um impulso do consumidor. A atenção voluntária merece ser trabalhada quando se deseja um impacto mais imediato no consumidor. É um nível mais determinante de atenção. A atenção espontânea pode ser usada quando o publicitário fará uso de longas campanhas. Assim provoca-se uma percepção inicial, que será mais refinada posteriormente com a provocação dos outros níveis de atenção.

O que uma campanha não pode é deixar de ser percebida pelo consumidor, independente do nível de percepção trabalhado. Recordando as palavras citadas pelo professor Júlio Pinto no Publimix: “Existir é ser percebido” (George Berkeley).

Márcia de Araújo Pereira

sábado, 24 de maio de 2008 Tags: 6 comentários

Bem-vindo à Matrix!

Platão, o Mito da Caverna e a Comunicação.

“Imagina homens numa morada subterrânea, em forma de caverna, com uma entrada aberta à luz; esses homens estão aí desde a infância, de pernas e pescoço acorrentados, de modo que não podem mexer-se nem ver senão o que está diante deles, pois as correntes os impedem de voltar à cabeça”.

Assim começam algumas das páginas mais brilhantes da antiguidade. São palavras de Platão, talvez o maior filósofo que o mundo um dia conheceu. Este trecho pertence ao livro “A República”, escrito quatro séculos antes de Cristo. É o começo da famosa Alegoria da Caverna.

Mas que relação existe entre Platão e a Comunicação? É o que vamos olhar de mais perto...

O Mito da Caverna apresenta homens acorrentados desde a infância. Estão dispostos de tal modo que conseguem enxergar apenas a sua frente. Tudo o que conhecem é o interior obscuro da caverna, e as projeções do que existe fora da caverna, que lhe chegam das costas, através de sombras. Porém, os seres se adaptam ao meio. Estes homens então se adaptam a esta situação. Acreditam que a realidade são as sombras e a escuridão da caverna.

No entanto, um dia, um destes prisioneiros liberta-se. Levanta-se, e olha para trás. Encontra luz e segue-a. Sai da caverna. Encontra uma série de coisas que nunca pensava existir. Fica deslumbrado olhando para os objetos reais, e não para suas sombras. Compreende? Se você não compreendeu adequadamente a teoria de Platão, basta recordar-se do filme Matrix, pois a sua temática é totalmente platônica (um mundo aparentemente real, mas que não passa de uma sombra, uma ilusão da realidade; é um jogo de aparência e essência; o que realmente existe?).

Platão segue adiante em sua Alegoria, porém, nós paramos por aqui. Entre a luz e as sombras. Entre a realidade e o seu reflexo. Os veículos de comunicação trouxeram a Alegoria da Caverna para a Publicidade. A mídia está constantemente nos apresentando sombras e luz, e nem nos damos conta (ou pelo menos não imediatamente). Se você ainda não se deu conta do que eu estou falando, vou dar dois exemplos: Second Life e Big Brother.

Um dia você cria um avatar no Secod Life. No outro está vivendo uma vida virtual. Procurando outras pessoas que compartilham desta idéia. E você faz suas atividades rotineiras no mundo virtual. Namora, vai ao restaurante, banco, festas. Faz de tudo, sem fazer nada. É realmente uma segunda vida? Onde e quando você vive? Aliás, você vive no Second Life?

Com o Big Brother é diferente. Você não participa de nenhuma simulação da realidade como no Second Life. Ou antes, você participa de uma simulação indiretamente, e simulação esta que sequer é sua. Você fica sentado olhando para as “sombras dos outros”, e acha isto incrível. Você vê pessoas atuando nas coisas mais banais, que você faz espontaneamente, e acha tão legal.

Defendo que surgiram formas alternativas de existência, em que abdicamos de nossas vidas. Ora falseamos a realidade de forma espontânea. Ora outros fazem isto por nós, e tão-somente aquiescemos. Onde fica a realidade nesta história? Não estou defendendo que ninguém tenha um avatar no Second Life ou assista Big Brother. Apenas recordo que isto não é vida real. Por mais realistas que sejam os reality shows e os simuladores de vida e as novelas e filmes e desenhos, ainda assim são simulações. Imitam a realidade. Não passam de sombras. A melhor novela global ou o mais fantástico filme hollywoodiano nunca atingirão o nível de concretude de nossas vidas (e nem se aproximaram em momento algum disto). Enxergar vida propriamente dita nestes meios citados é desconectar sua mente do mundo físico, embarcando numa “Matrix” construída pela sua imaginação (e então, qual pílula você tomou? Hehehe...). Interatividade existe. Realidade não!

Então é isto. As sombras da caverna estão ao nosso redor. Consegue perceber? Só entende as penumbras da caverna quem algum dia enxergou realmente a luz do dia...

Adriano José Gonçalves

Ainda sobre o Marketing Esportivo...

Olá para todos. Outro dia falei sobre o São Paulo Futebol Clube, o clube com as mais bem elaboradas iniciativas publicitárias do futebol brasileiro. Eu não falei nem metade do que o tricolor paulista faz nos terrenos da Comunicação, mas acredito que deu para cada um elaborar uma idéia sobre o trabalho que a equipe de marketing do clube faz. Em termos de Brasil, o São Paulo é inovador. Sua política de atitudes é direta e agressiva. Os resultados podem vê-los convertidos em títulos e na conseqüente promoção da marca São Paulo Futebol Clube, dentro e fora do Brasil.

Mudando o foco, esta semana aconteceu a decisão do título de clubes mais importante do mundo: A Liga dos Campeões da Europa (UEFA Chapeons Ligue para os íntimos). A final reunião duas grandes forças do futebol inglês e europeu, Manchester United e Chelsea. Foi um show de estrelas em campo. Somente jogadores de alto nível, a nata do futebol atual. Se eu não estivesse estudando Comunicação, seria apenas mais um jogo para mim. Mais um torneio de futebol europeu, como acontece todos os anos. Mas este foi diferente para mim.

Enquanto assistia ao jogo, resolvi treinar o meu “olhar publicitário”, se é que assim eu posso me expressar. A professora Flávia Pellegrini sempre falar para não termos preconceitos com as coisas, e treinarmos este olhar. O publicitário tem que enxergar mais coisas do que os outros. Neste dia eu resolvi experimentar isto. Detive-me nas marcas em exposição. Na publicidade acontecendo naquele momento. Foi interessante...

O novo campeão europeu (infelizmente) é o Manchester. O clube traz em seu uniforme as marcas AIG e Nike. O Chelsea por sua vez, tem estampado no uniforme Samsung e Adidas (alguém sabe que a Adidas foi comprada pela Rebook? A Nike que se cuide...). Agora imaginem a exposição que estas marcas obtêm numa partida destas? Na final do maior e mais rico torneio de clubes de futebol do mundo! Isto sem contar que a Liga dos Campeões da Europa tem seus próprios patrocinadores, que estão em um grau de exposição muito maior. Os patrocinadores da Liga são vários, como: Vodafone, Ford e Mastercard. Mas os patrocinadores oficiais são apenas dois: Sony e Heineken (uma das maiores produtoras de eletrônicos do mundo e a mais poderosa cervejaria do mundo).

Imaginem as cifras que “rolam” em um evento destes? E olha que nos EUA e na Europa começa a aparecer um termo novo: PNBE, Produto Nacional Bruto do Esporte. Aposto que você não imaginava que as coisas haviam chegado a este nível! E é bom começar a prestar atenção. Antes os patrocínios esportivos visavam somente os atletas. Esta tendência está mudando. Cada vez mais empresas são atraídas pelos eventos de modo geral. O que antes era só institucional vem tornando-se cada vez mais promocional.

Pois é, o meu recado é este. O Marketing Esportivo está crescendo, e muito. Bom para nós, não é? (Hehehe). Vamos ficar de olhos abertos para as oportunidades que podem surgir dos esportes. Ótima semana para todos, e até a próxima...

Edson Medeiros

O marketing no Orkut

Alô meu povo e bons amigos futuros publicitários, a Google está presente novamente em nossas vidas como um exemplo de marketing em seus produtos, agora é o Orkut.

Um daqueles funcionários doidos da Google criou um aplicativo para o Orkut chamado Open Social,esse aplicativo reúne e comparam opiniões e gostos pessoais de pessoas relacionadas por uma série de critérios, ideal para empresas buscarem consumidores ideais para seus produtos, e o melhor de tudo vai render uma graninha.

O marketing envolvido nesse programa é fabuloso, em vez de chegar de uma vez aqui no Brasil esse aplicativo ele começou a ser testado na Estônia, pois lá foi o pioneiro a usar o Orkut, mas como o Orkut nesse país não é tão popular quanto no Brasil e na Índia, foi escolhido como teste do aplicativo para corrigir e aprimorar mais o aplicativo e tudo mais.

Tendo visto que deu boa repercussão na Estônia, começou a turnê do aplicativo aqui na América latina, a Google espera que aqui no Brasil seja lançado brevemente, e já começou pelo My Space, que já aderiu ao uso do aplicativo.

O Open Social, vai ser muito essencial para as empresas e com certeza um aplicativo que ajuda a selecionar os amigos de acordo com o seu gosto para quem quiser aumentar sua rede de amigos do Orkut ou My Space.

Esse aplicativo é possível saber muito mais do que o custo por clique de uma campanha. É possível ver com detalhes o engajamento e a freqüência com que o cliente vê o anúncio, como um dos funcionários doidos disse que agora é botar a cabeça para funcionar e afiar o Java Script e começar a atrair milhões de brasileiros que usam o Orkut para o Open Social que é um aplicativo interessante.

Isso aí galera virtual, o Orkut vai ficar potente vários aplicativos estão chegando, se ainda não tem aconselho a mudar o país do seu Orkut para a Estônia e começar a “fuçar” as qualidades que cada aplicativo tem.

FelypeAbreu Silva 24/05/08

Fonte: HTTP://info.abril.com.br/blog/webgear/20080521_listar.shtml

sábado, 17 de maio de 2008 Tags: 6 comentários

A arte da Comunicação

Semana diferente na faculdade, semana cheia de histórias de experiências de profissionais da área da comunicação, com certeza aprendemos o que devemos fazer e o que não devemos fazer no ramo dos comunicólogos, cases como a nova divulgação do refrigerante Kuat Guaraná da Coca-Cola e o produtor de propagandas e clipes de BH, foram os mais interessantes e os que nos deram mais motivação para prosseguir na área da comunicação social.

A palestra que com certeza impressionou a todos foi do Conrado Almada produtor de vídeos e clipes das principais bandas de Minas Gerais, ganhador de vários prêmios e cada vez renomeado na área áudio visual.
Sua palestra nos impressionou não só pelo trabalho mas também pelo seu estilo simples de ser, uma pessoa jovem porém com muita responsabilidade com o seu trabalho, não é a toa que o “cara é fera” , usando uma linguagem muito simples e vários exemplos de vídeos que ele dirigiu e editou, principalmente o que ele apresentou o seu primeiro vídeo editado caseiro ainda como aluno, mostrou quem sem imagens, um microfone e principalmente criatividade, fez um vídeo super engraçado e simples que mostrou que tudo que um publicitário deve ter é criatividade acima de tudo.

Isso me motivou muito a ser um publicitário, o Conrado mostrou a arte em si da comunicação, falou que num é fácil isso é lógico, mas o que fez foi me motivar mais ainda a conquistar o respeito como um profissional da comunicação frente a sociedade, pois ele mostrou que quando você presencia um clipe que você editou na MTV você se sente o maior, é esse o respeito que queremos conquistar com muita garra e vontade de crescer na vida.

Comunicação é isso vontade e criatividade muito boa a palestra cresci muito com ela a opinião agora que tenho, o senso crítico que ganhei vai mudar muito a minha maneira de ver a publicidade em geral, só tenho a agradecer ao Promove pela ótima oportunidade que criou para nós alunos.

Um ingrediente das idéias brilhantes

Semana agitada na Faculdade Promove de Sete Lagoas. Semana de Publimix, evento organizado anualmente pela Faculdade Comunicação. Vou dar minha impressão sobre a oficina da qual participei, a Oficina de Criatividade.

Os professores Delcio Almeida e Ciro Guedes conseguiram de forma divertida e descontraída mostrar que o conceito de ser criativo é bem mais amplo do quê geralmente se imagina. Basicamente, é impossível ser criativo sem ter uma bagagem cultural. Nossa mente trabalha através do conhecimento de informações que captamos ao longo de nossa existência, sendo assim fica clara a necessidade da leitura no processo criativo. Além disso, existem alguns fatores que nos ajudam nesse processo de aguçar nossa criatividade.

Por exemplo, observar, só olhar para as coisas, mesmo que pacientemente não basta grande parte do ato de ver consiste em saber o que olhar e o que procurar. Muitas vezes reconhecer os padrões que estão diante dos nossos olhos é tudo o que é preciso para uma nova descoberta (por exemplo, um diagnóstico médico é um reconhecimento de padrões, em que informações visuais, táteis, olfativas e técnicas combinadas são misturadas e comparadas com descrições existentes e doenças). Na maioria das vezes só é preciso encontrar novos meios de usar as informações existentes.

Brincar, o divertimento pode ser útil porque intensifica várias habilidades mentais. São três maneiras mediante as quais as brincadeiras exercitam e desenvolvem o raciocínio por meio da prática. A fantasia favorece o pensamento analógico, a representação e a empatia ao invocar um mundo fictício. O jogo ensina como executar regras dentro de situações externamente demarcadas.

O Ciro e o Delcio nos mostraram que para desenvolvermos o que quer que seja é preciso deixar nossa imaginação fluir e anotar tudo o que passar pela nossa mente por mais banal que seja mesmo que pareça totalmente sem nexo. O que prova a veracidade dessa afirmação é o trabalho do Conrado Almada, o qual nos relatou que em um de seus trabalhos tinha apenas uma câmera e um telefone nas mãos. Ligou para um amigo e pediu que ele lhe relatasse uma historia acontecida com ele. Assim que desligou o telefone não sabia o que fazer com o material que tinha em mãos, porém trabalhou em cima do que tinha conseguido e o resultado foi um trabalho premiado no mercado publicitário.

Habilidades e conceitos adquiridos de diversos modos têm mais chances de sucesso do que idéias adquiridas em contextos muitos específicos. Observe qualquer esforço criativo e você ira encontrar invariavelmente idéias transformadas de experiências passadas, combinando diversas ferramentas de pensamentos e diferentes linguagens expressivas. Idéias especializadas são limitantes.

O resultado inevitável do raciocínio criativo é a compreensão sintética, em que as impressões sensoriais, os sentimentos, o entendimento e as lembranças aparecem unificados. Embora um indivíduo tenha de trabalhar passo a passo em pelo menos algumas das fases para definir e criar algo novo, quando o processo de invenção chega ao fim ele termina por compreender a criação como um todo.

A fantasia alimenta o gênio. Ser verdadeiramente criativo é abrir os horizontes da imaginação para um novo mundo de possibilidades, porque a criatividade é um processo criador.

Márcia de Araújo Pereira

O Marketing Pessoal para o profissional de Comunicação

O título desta postagem foi o tema de um dos mini-cursos apresentados no Publimix, do qual eu participei e que foi dirigido pelo professor Christian Resende da Faculdade Promove.

Bom, para início de conversa eu já me assustei com alguns dados apresentados por ele como, por exemplo: 33.921 pessoas que concluíram o ensino superior em 2007 são do curso de Comunicação Social com Habilitação em Publicidade e Propaganda. Isso lembra a vocês alguma coisa? Galera, este é o curso que NÓS estamos fazendo... Isso sem contar os outros 29.263 que formaram em outros cursos, e tomam uma grande fatia do nosso mercado.

Mas fiquem calmos e otimistas, porque mesmo com essas informações acima, fazemos parte também da Era da Informação, portanto tem espaço e notícia para todo mundo.

Vocês já devem ter passado por alguma situação semelhante quando alguém pergunta: O que você estuda? E ao responder é surpreendido com o seguinte questionamento: O que exatamente você faz? É pessoal, precisamos saber nos posicionar diante do mercado para não ser mal interpretados. Estamos habilitados para gerenciar as ações de comunicação integrada e marketing das organizações, entre outras possibilidades diversas que precisamos nos informar.

O marketing pessoal é um grande desafio e saibam que nele também utilizamos os famosos: Quatro P’s (vocês se lembram?). Então agora vamos encaixá-los no nosso dia a dia.

PRODUTO: Imagem é tudo! (frase famosa heim?) O produto em questão é VOCÊ e são pequenos detalhes que vão destacá-lo. A maneira de conversar, de se portar, o uso de linguagem formal (lembre-se que é o seu cliente quem define o grau de liberdade a utilizar), e também a apresentação de seu material devem ser preocupações primordiais em seu trabalho. Seja preciosista!

PREÇO: Quanto você vale enquanto produto? Quanto vale o seu serviço? São perguntas bastante interessantes e servem para que crie uma zona de tolerância que nada mais é do que onde você pode chegar para atender o seu cliente.
Uma dica: trabalhe com preços mais baixos no início, pois ainda há pouca experiência a se oferecer.

PRAÇA: É a definição do público alvo. Crie metas, estratégias e escolha em quais mercados deseja atuar, pois há um leque amplo e é preciso ter foco. Diretrizes como definir preço e a maneira de trabalhar são fundamentais.

PROMOÇÃO: Como você irá se divulgar? O ambiente virtual lhe oferece diversas possibilidades, como por exemplo, comunidades, fóruns, os “logs” em geral. Porém fiquem mais atentos a uma questão que vem acontecendo com freqüência: empresas já buscam referências nossas na Internet visitando nossos perfis, comunidades com o objetivo de nos conhecer um pouco mais.

Para finalizar, ele lembrou algo muito importante: Vendemos serviços e, portanto devemos dar tangibilidade a eles. Mais o que é isso? Tangível é algo que podemos tocar, palpável. Agora ficou mais claro não é? São as formas de apresentar o seu trabalho. Crie seu padrão de qualidade, apresente relatórios, cronogramas, etc... Isso vai mostrar a sua organização e deixar o cliente impressionado (fundamental!). “A percepção do real é mais relevante do que o próprio real”.

Gostei deste mini-curso e aprendi muito com ele. Descobri que nosso papel também é orientar o cliente, ser seu parceiro de negócios e que em certas situações é preciso mostrar a realidade e colocá-lo no chão. Atitudes como discutir a estratégia e propor soluções adequadas ao orçamento previsto dão a nós credibilidade perante o cliente e transforma nossa imagem, passando de meros profissionais operacionais para um profissional de nível estratégico.

Espero que tenham gostado deste conteúdo tanto quanto eu! Até a próxima! Beijo grande!

Luciene Duarte Carvalho

Desabafo

Olá pessoal, tudo OK?

Na quinta-feira, dia 08 de maio, deu-se início ao Publimix 2008 (evento realizado pelo o curso de comunicação da faculdade promove). Esse ano de forma especial (afinal eu estou aqui, he... he... he...).

Brincadeiras à parte, a abertura do evento foi digna de aplausos. A apresentação do grupo de teatro Popularizô foi simplesmente um “show” (pessoal é da nossa Sete Lagoas, ganhadores de vários prêmios).

Na segunda-feira, dia 12 de maio, tivemos várias atrações diversificadas. Começou com o excelente grupo de dança de Paraopeba (igualmente ganhador de vários prêmios). Fiquei bem surpreendido com o desempenho do grupo (positivamente é claro), mas a expectativa maior estava no bate-papo com o Conrado Almada sobre o tema: “Imagens em movimento processos criativos e tendências de mercado”; (gente, o cara é fera!). É de deixar qualquer um com vontade de mergulhar no áudio-visual. Demais!

Logo após, tivemos a apresentação do músico Elson da Terra. Apresentação essa que foi prejudicada pelo horário (começou tarde e tinha pouca gente no auditório).

Nesse dia notei um problema. Não sei se é devido à parceria da Faculdade com o projeto “Café com Cultura” ou se é por outra situação, mas deram ênfase à dança e deixaram um reduzido tempo para o palestrante (fato que sinceramente não me agradou).

Na terça-feira, dia 13 de maio, quem escolheu a palestra com o tema “Publicidade e propaganda, que negócio é esse?”, com Richardson “Chau” Lima, vai continuar sem resposta. Devido a motivo de força maior, o palestrante não compareceu e fomos “salvos” pela a palestrante Miriam Barreto que abordou o tema “Viver de publicidade: a atuação do publicitário como freelancer junto à agência e clientes diretos”. Foi legal.

NOTA: a princípio, ninguém da coordenação do evento se prontificou a explicar as mudanças que aconteceram no decorrer do Publimix.

Na quarta-feira, dia 14 de maio, tivemos várias exposições de colaboradores do evento (achei interessante). Participei da oficina de criatividade (Ciro Guedes e Délcio Almeida).
Gostei.

Na quinta-feira, 15 de maio, assisti a tão esperada palestra com Júlio Pinto com o tema: “Temporalidade e poéticas digitais”. Realmente foi o máximo, com um diferencial destacável dentre todos os aspectos. Posteriormente houve uma apresentação teatral com a peça “Pequenas distinções”, que também foi interessante. E para encerrar assisti à palestra sobre: “O case de reformulação da marca Kuat” com o palestrante Alex Manduca. Apesar de não ser o tema escolhido por mim (seria “Debate TV digital”, cancelado por motivo de força maior), foi bem interessante.

A minha opinião ao analisar o evento como um todo depois de um turbilhão de informações é a seguinte: a proposta do evento é sem dúvida fantástica, com palestrantes de alto nível, apresentações culturais surpreendentes, etc. Mas, estaria sendo omisso se não relatasse a notória falta de organização. Palestras canceladas, poucas instruções por parte dos organizadores, falta de foco (na segunda-feira, por exemplo, tivemos mais de uma hora de apresentação de dança e menos de meia hora de palestra). Ainda, devo destacar dois fatos particulares. O primeiro, foi quando tentei me escrever à oficina de cinema na sexta-feira, dia 09 e fui surpreendido com a informação de que teriam acabado as inscrições e que foram preenchidas as vagas com 08 alunos da faculdade e 07 pessoas de fora da entidade. Ao procurar maiores informações, descobrir que aluno do primeiro período não teria direito a participar da oficina. (se tivessem avisado não teria passado vergonha).

O segundo, foi pior. A visita técnica ao Instituto OI Futuro foi cancelada. Fiz minha inscrição e ninguém deu satisfação alguma. Descobri acerca do cancelamento por mero acaso. Foi algo incrível... Fiquei sem palavras depois disto, por isso, até a próxima...
Edson Medeiros

Os olhares tecnológicos do futuro...

Bom, parece que já foi falado muito acerca do Publimix. Eu particularmente adorei a palestra do Conrado Almada (apesar de não permitirem ao Conrado um tempo decente para mostrar seu trabalho e falar mais sobre a sua experiência). Outro ponto forte foi a palestra do Júlio Pinto. Nem sei o que dizer sobre a palestra dele, aliás, sei sim, poderia ter tido mais tempo. Uma pessoa simplesmente fantástica. Muito conteúdo passado de forma dinâmica e agradável. Mas se dessem mais tempo para ele falar, seria muito mais proveitoso. Parabéns ao Promove por ter trazido homens como estes para o evento. Engrandeceu muito a participação de todos nós alunos da Faculdade. No entanto, numa próxima oportunidade, dêem mais tempo para estes homens exporem conteúdo. Vale à pena e ninguém sai perdendo.

Não vou me deter no que foi bom ou ruim dentro do Publimix. Foi uma ótima experiência, muito válida. Bom, eu participei também das duas oficinas ministradas pela “titia Kaori” no laboratório de informática. Originalmente não era o que eu pretendia fazer, mas, como planos existem para serem mudados ou adaptados, acabei assistindo aula de Flash e CorelDraw. Futuramente quero postar sobre estes programas. Por agora, vou me deter nos méritos da didática da Kaori, que explica muito bem, sempre ilustrando o conteúdo a ser transmitido. Isto deixa as aulas dela com uma base teórica mínima, pois ela converte o tempo todo teoria em prática. A questão do rendimento das aulas é um caso à parte, pois depende mais do nível e vontade dos alunos do que da professora em si. Falo isto porque adorei a aula de Flash; mas a de CorelDraw nem tanto. Mas gosto é relativo e não se discute. Não sou muito fã do programa CorelDraw, mas o porquê eu vou falar numa outra oportunidade.

Aliás, gostaria também de fazer um elogio a irmã da Kaori. Eu tenho gostado muito das aulas da Akemi e da liberdade de diálogo e esclarecimento de ela permite. Deve ser genético (hehehe).

Tecnologia é sempre um assunto importante. Por isto, minhas próximas postagens serão aprofundamentos sobre os grandes softwares que o comunicólogo pode ou deve encarar no seu dia-a-dia. Novas tecnologias surgem o tempo todo, e o comunicólogo tem de acompanhar este progresso. O comunicólogo tem de ter em si curiosidade nata para a tecnologia. O mundo da Comunicação é um mundo repleto de tecnologia. E esta tecnologia obedece a um ciclo de vida. Existem diversos ciclos findados e tantos outros apenas começando. E nós devemos acompanhar o rumo que a tecnologia apontar, pois é o rumo que a publicidade seguirá...

Uma ótima semana para todos!

Adriano José Gonçalves

Luva digital

Meu primeiro post aqui no blog, vamos começar com uma inovação tecno-social, apresento-lhes a luva que converte a linguagem de sinais em palavras. Isso mesmo a tecnologia está nos ajudando a, tanto dos dois lados dos que são mudos e os que conversam normalmente, diminuir ou até mesmo erradicar essa exclusão de comunicação que há no meio de social.

Um grupo de estudantes de engenharia nos EUA foram os responsáveis por esse feito, criando uma luva que interpreta sinais manuais e os transforma em palavras. Chama-se Hand Talk a diferença dessa luva com as demais já feitas é que ela transmite via Bluetooth para celular e não a um computador,assim que torna o sistema prático.

Por enquanto a luva reconhece 32 palavras, e pode aprender apenas 15 dos 26 caracteres do alfabeto da linguagem de sinais americana, mas a equipe planeja adicionar sensores de pressão e acelerômetros para identificar sinais mais complexos.
Com certeza daqui um tempo a inclusão social de comunicação entre nós vai ser erradicada, é claro que esse tipo de tecnologia é tão cara, mas cada vez mais a cada dia os preços dos aparelhos eletrônicos caem os preços, aquela velha tendência da s novas tecnologias.

Finalizando então esse post está aí a tecnologia benéfica, o rumo certo que se tem que ter nos projetos tecnológicos a intenção hoje não pode ser no ramo bélico e sim ao benefício social e claro para a nossa satisfação também.

domingo, 11 de maio de 2008 Tags: 7 comentários

O Brasil na “Era Iphone”

Será que as pessoas já cansaram de ler notícias sobre o Iphone? Eu não! E vou falar sobre uma grande novidade. O Brasil entrará na “Era Iphone”. Ele está chegando, e desta vez é pra valer. Eu sei que já existem vários aparelhos trazidos de “n” formas, mas a chegada oficial deve acontecer no decorrer deste ano, ou no mais tardar no início de 2009.

Todos sabem que a Apple despreza o Brasil enquanto mercado. Tudo bem que eles finalmente inauguraram uma loja oficial por aqui, mas como isso demorou a acontecer... E os macmaníacos brasileiros, como ficam? Eu também sei que os níveis de pirataria daqui são muito acima do normal. Mesmo assim, bem que o Steve Jobs podia ao menos lembrar um pouquinho de nós, singelos brasileiros que apreciamos a qualidade dos produtos lançados com a marca Apple. Se o Steve não pensa em nós, que bom que o Carlos Slim (magnata mexicano bilionário, dono da América Móvil) pensa, afinal, imaginem as cifras que o Iphone tem arrastado junto consigo (viram os lucros da Apple em cima do aparelho? É muito dinheiro...).

Para aumentar ainda mais seu leque de opções no ramo de telefonia, a América Móvil - empresa mexicana controladora da Claro - fechou um acordo com a Apple para trazer o celular da companhia de Steve Jobs para todas as suas operações na América Latina. Sendo o dispositivo móvel do momento, o Iphone é um fenômeno de vendas. Seu lançamento é fortemente disputado por empresas como Telefônica, Vodafone e América Móvil.

Mesmo já existindo “clandestinamente” no Brasil, eu acredito que o lançamento oficial do aparelho por aqui promete mexer no mercado de telefonia brasileiro. Sinal disto é que o Iphone é mais vendido do que qualquer Smartphone da atualidade. Isto sem contar que o seu design e tecnologias vêm sendo copiados descaradamente pelos rivais (basta notar o comercial em circulação da Samsung).

Mas para quem pensa que a chegada do Iphone não provocará mais nada de interessante no mercado brasileiro, basta citar o anúncio de vagas de trabalho divulgadas pela Apple. A empresa publicou em seu site vagas relacionadas ao Iphone, em países como Brasil, México e Austrália. Falando somente em termos de Brasil, as exigências são de engenheiros com certificação de operadora e de teste de campo em São Paulo. Alguém ainda duvida que o Iphone desembarcará por aqui? (eu não!).
Me aguardem! Até a próxima!


Luciene Duarte Carvalho

O Desafio de Divulgar Novas Temáticas Sociais

Hoje refleti muito e decidi falar sobre responsabilidade social, um tema atual e que esta muito ligado a nós como estudantes publicitários.

Nos últimos 20 anos acontecerem varias transformações sócio-econômicas que vem afetando profundamente o comportamento das empresas até então acostumadas à pura e exclusiva maximização do lucro. Se por um lado o setor privado ganha destaque na geração de riqueza, por outro lado é bem esperto saber que com grande poder recebe também grande responsabilidade. Em função desta capacidade criativa e dos recursos financeiros e humanos disponíveis, empresas têm uma intrínseca responsabilidade social.

Essa idéia de responsabilidade social incorporada aos negócios é recente. Com o surgimento de novas demandas e maior pressão por transparência nos negócios, empresas se vêem forçadas a adotar uma postura mais responsável em suas ações. Infelizmente, muitos ainda confundem o conceito com filantropia, mas as razões por trás desse paradigma não interessam somente ao bem estar social, mas também envolvem melhor desempenho nos negócios e, conseqüentemente, maior lucratividade.

Muito do debate sobre a responsabilidade social empresarial já foi desenvolvido mundo afora. Mas o Brasil tem dado passos largos no sentido da profissionalização do setor e da busca por estratégias de inclusão social através do setor privado.

Nós temos um importante papel em todo este contexto: o desafio de divulgar estas temáticas sociais. Tanto em temáticas sociais como na venda pura e simples de um produto de consumo, a essência da comunicação é a mesma. Todavia, enquanto no caso de um produto o benefício para o consumidor é imediato (há a troca de um bem por outro), quando lidamos com temáticas sociais esse benefício nem sempre é percebido, pois a troca não é tão evidente e muito menos imediata. Nesses casos, a aplicação dos conceitos publicitários exige muita sensibilidade.

A publicidade criada para “clientes sociais” deve partir da premissa de que o público-alvo não é culpado pela fome, miséria, violência e outros problemas sociais. Não podemos fazer as pessoas se sentirem mal ou criticar explicitamente suas atitudes, pois corremos o risco de criar um bloqueio para a mensagem que queremos passar. Vale lembrar que precisamos de aliados, não de culpados. Nessa mesma linha, a mensagem será tão mais eficaz quanto mais focada ela estiver na solução, não no problema.

Um roteiro simples que desperte o interesse do público é a melhor opção para esse tipo de campanha, seja ela de prevenção ou conscientização. Para isso, atributos como originalidade ou frescor devem estar embutidos na mensagem.

Quem procura pelo termo “Ongs” no Google encontra mais de cinco milhões de links como resposta. O volume de informação é assustador. Fica evidente que você não pode ser apenas mais uma instituição pedindo ajuda. É preciso saber se comunicar.

O interesse do público por uma temática social também depende da pertinência da mensagem. Quando a mensagem é bem-dirigida, você consegue fazer até um vândalo colaborar com uma causa nobre. E aqui vale citar um exemplo prático. No centro de Curitiba, existem duas obras de construtoras distintas. Enquanto uma optou por repetir sua logomarca pelo tapume, a outra preferiu fazer um pacto com os pichadores. Placas no tapume avisam que, enquanto o mesmo se mantiver limpo, a construtora fará uma doação de dez cestas básicas por mês para uma instituição de caridade. O resultado mostra que até pichadores têm um pouco de consciência social. É claro que, quando se trata de um vândalo, fazer com que ele não faça nada já é uma grande coisa.


Márcia de Araújo Pereira

A Arte da Guerra na Comunicação


Outro dia apresentei um trabalho sobre planejamento de comunicação. A pesquisa que fiz me permitiu reconhecer alguns termos que encontrei noutras leituras. A estratégia me chamou a atenção. Enquanto lia sobre as estratégias de planejamento em publicidade, era transportado em pensamento para um livro muito marcante para mim: A Arte da Guerra, de Sun Tzu. O general chinês antecipou muitas táticas que usamos hoje nos mais diversos meios. Ele chamava atenção para a importância do planejamento e da motivação.


Todo planejamento começa com pesquisa. Por isso as agências quando iniciam uma campanha publicitária, levantam dados do produto a ser trabalhado, e dos rivais em potência – Sun Tzu ensinava que “se conhecemos o inimigo (ambiente externo) e a nós mesmos (ambiente interno), não precisamos temer uma centena de combates; se nos conhecemos, mas não ao inimigo, para cada vitória sofreremos uma derrota; se não nos conhecemos nem ao inimigo, perderemos todas as batalhas”. O general dizia ainda que para prever uma guerra, devemos comparar os dois lados, medindo suas forças. Em publicidade, isto acontece quando após pesquisarmos, definimos objetivos a serem trabalhados. Não é a mesma coisa para um novo produto mirar seu foco em aparecer como competidor de uma Coca-Cola ou Bombril, em vez do Kuat ou Assolan. Por quê? Não é a mesma coisa enfrentar um líder de mercado estabelecido, e um concorrente procurando estabelecer-se. Recordemos o caso recente acontecido com Guaraná Antártica (hoje estabelecido com um dos refrigerantes mais consumidos do país, mas que durante muito tempo tentou forçar a imagem de concorrente da Coca-Cola, que lidera com folgas o mercado de refrigerantes). Enfrentar de frente um concorrente de maior força raramente é a melhor opção. Não foi à toa que quando abandonou esta visão o Guaraná Antártica adquiriu maior força e participação no mercado de consumo.


“Os bons generais atuam de acordo com os acontecimentos, em forma racional e realista”, dizia Sun Tzu. “Quando vêm uma boa oportunidade, são como tigres, em caso contrário cerram suas portas. Sua ação e sua não ação são questões de estratégia (...)”. O ponto capital da elaboração de um planejamento eficaz é quando se atinge o momento de elaboração da estratégia e da tática que serão tomadas. É neste ponto que o planejamento ganha corpo. E é igualmente aqui que se define o alcance da campanha. Tudo o que será ou não feito, é questão de estratégia. Os bons profissionais de comunicação enxergam as oportunidades e captam o timing, estabelecendo assim estratégias e táticas eficientes. Os publicitários que se destacam no meio, estão sempre “antenados” ao que está acontecendo. Só assim consegue-se aproveitar de verdade o timing, o momento exato de fazer algo que cause impacto imediato. Oportunidades sempre se abrem. O diferencial é enxergar primeiro e chegar antes (é preciso ser voraz como um tigre para que as oportunidades não escapem afinal elas não vão nos chamar pelo nome na porta de casa, nem tocar campainha; é preciso ter olhos treinados para reconhecê-las, velocidade suficiente para alcançá-las e ousadia para arriscar-se, não há bom profissional sem ousadia).


Usando palavras de Sun Tzu, é preciso “ver o sutil e de dar-te conta do oculto”. É preciso estar situado. Estas são algumas lições do grande general chinês, vindas de dois mil e quinhentos anos atrás, e válidas até os dias de hoje. Vivemos em tempos que todos devem tornar-se estrategistas. Ser realista e racional é a diferença de ser ou não um bom profissional, principalmente quando se trata de publicidade.


A estratégia é algo fundamental. Vontade de agir e conquistar objetivos gera energia interior, assim falava o general-filósofo. A arte da guerra é a arte da estratégia. E a arte da estratégia é a arte da comunicação...


Adriano José Gonçalves

Marketing Esportivo - São Paulo Futebol Clube: “O Campeão Brasileiro de Publicidade e Propaganda”!

“As recentes conquistas tornam a marca do São Paulo Futebol Clube muito valiosa e trazem torcida, negócios e parcerias para o clube”. (Julio Casares, diretor de marketing do S.P.F.C.)


Dentro de campo, a eficiência do bicampeão brasileiro é indiscutível. Mas você conhece o trabalho do departamento de marketing do tricolor paulista? O São Paulo renovou o contrato com a Reebok (ele vencia em dezembro de 2008, agora vai até o final de 2010). O valor passou de R$ 7 milhões para R$ 15 milhões anuais (sem dúvidas, o maior contrato de material esportivo do país). Esse acordo torna o São Paulo o clube com os dois maiores contratos de patrocínio de futebol do Brasil (o outro é com a LG, que rende R$ 15 milhões anuais). Com a renovação, a Reebok conseguiu vencer o assédio de outras marcas sobre o São Paulo (algumas fontes do mercado de material esportivo informam assedio de marcas como Nike e Puma que queriam estampar a camisa tricolor).


A W/Brasil criou dois anúncios de oportunidade comemorando o pentacampeonato brasileiro do São Paulo para a Reebok. O primeiro é uma capa comemorativa no jornal Destak. O rodapé da capa trazia o seguinte: “Colocamos o São Paulo aqui na frente porque este é, mais uma vez, o lugar dele. Parabéns pelo título”. O segundo, para o jornal Lance! e revista Placar, destaca a camisa 5-3-3.


Na prática, o acordo dá a medida para que o São Paulo possa pedir alto para renovar com a LG ou buscar outra patrocinadora a partir de 2009, quando encerra o acordo com a empresa de eletroeletrônicos (alguém duvida que o São Paulo fará outro contrato ainda melhor? Alguém duvida que o São Paulo sabe multiplicar dinheiro?)


A agência Euro RSCG Brasil criou anúncios para a LG em homenagem ao título. “Com vários e grandes títulos conquistados ao longo destes anos de parceria, o penta reflete, mais uma vez, que o São Paulo é um time vencedor, muito bem estruturado. Unir a marca LG a uma imagem como essa é altamente positivo”, diz o diretor de marketing da LG, Eduardo Toni.


O São Paulo é o clube mais bem estruturado do país, dentro e fora de campo. Sua organização se reflete em seus títulos recentes e grandes parcerias. O tricolor é o grande modelo de trabalho e coordenação do futebol brasileiro. Isto se deve em parte à sua visão empreendedora.


Um abraço e até a próxima...


Edson Medeiros