terça-feira, 21 de outubro de 2008 Tags: 3 comentários

Sucesso!!! Ah!!! Tão sonhado sucesso!


Porque será que poucas pessoas são boas demais e outras de menos? Se observarmos bem aqueles que têm sucesso, não foi por acaso tem toda uma vida por trás de tanto êxito.
Certa vez tive em contato com uma frase muito interessante que dizia “Se você não tem um diferencial não entre em uma competição” (Jack Welch).
Então, a primeira pergunta a si fazer é: quais são meus diferenciais? Antes de me preocupar em recitar um currículo legal, que tal me preocupar em como anda o brilho dos meus olhos, o meu humanismo, o meu espírito de servir ou se meu estilo de vida esta equilibrado.
Olha que bacana esta definição de sucesso: realização progressiva de objetivos pessoais valiosos e predeterminados. Precisaríamos de algumas paginas para decifrar cada uma dessas palavras, por hora vou ficar com algumas definições que a meu ver nos leva ao sucesso.
Desejo. Um desejo ardente surge quando você tem clareza do seu propósito de vida. O desejo incendeia sua alma e seu coração e o põe para agir quanto maior for o seu descontentamento com o estado atual.
Determinação. Originária do desejo e passo inicial da persistência, a determinação diz que você não pode parar que tem de lutar até o fim para fazer seus objetivos acontecerem.
Disciplina. É a educação da vontade. É a prova que você dá a si mesmo de que é você quem está no controle, não as suas emoções.
Foco. Quando você clareia o propósito e acende a chama do desejo, você precisa de concentração. Lealdade dividida mina as suas energias, desativando você do seu objetivo.
Flexibilidade. Objetivos centrais e valores são inegociáveis. Todo o restante é passível de revisão. Pergunte- se: Isso fará uma diferença daqui a um ano? Se a resposta for não, ceda imediatamente e deixe suas energias concentradas em um propósito de valor.
Rapidez. O ciclo de vida dos produtos e da inovação está sendo reduzido drasticamente a cada dia. Ser ágil na tomada de decisões e nas soluções de problemas do cliente é essencial para o sucesso.
Parceria. Sem parceria não há negócios, sem negócios, não há riqueza, nem abundância, nem sucesso. Parceria exige reciprocidade, objetivos comuns, confiança e complementaridade.
Uma questão muito importante diz respeito à concentração. Profissionais que dispersam perdem o rumo, habitam a zona da mediocridade e são alijados do mundo produtivo.
Os maiores músicos passam horas praticando todos os dias, passando e repetindo exercícios básicos, aprendendo e polindo suas técnicas. Eles se recusam a permitir que qualquer coisa interfira em seus horários de pratica. O famoso pianista do inicio do século XX, Ingnace Paderewski, disse certa vez, durante uma entrevista: “Se eu deixo de praticar um dia, eu ouço a diferença. Se deixo de praticar por três dias, meus amigos percebem a diferença. Se deixo de praticar por uma semana, o mundo saberá.”



Márcia de Araújo Pereira

segunda-feira, 20 de outubro de 2008 Tags: 1 comentários

Visão diferenciada sobre o óbvio

Ao passar por um local onde o pessoal (feirantes), usa aos domingos para a prática de vendas diversas (famosa feirinha no bairro Nova Cidade), pude notar uma sensível diferença em observar estratégicas e formas de convencimento usadas pelos feirantes a fim de atrair consumidores em busca de seus produtos.

Coisas anteriormente óbvias como vendas, desde de uma cerveja até a uma galinha (caipira e viva), feirantes travam uma “guerra” árdua em pró de atingir seus objetivos (vender, vender e vender).

Após alguns meses de curso (comunicação), notei que a visão e analise feita por mim mudou significamente e em todos os sentidos. Passar a observar o cotidiano dos acontecimentos e o comportamento das pessoas em relação ao comércio virou algo rotineiro e necessário para a construção de uma analise mais aprofundada e para um melhor embasamento profissional.

Ao observar o comportamento dos feirantes e ao comparar com o comportamento dos consumidores é visível notar a visibilidade dos feirantes e o conhecimento desses em relação aos consumidores e produtos. Prova disso, se constata na preocupação dos feirantes em proporcionar condições cada vez mais criativas, diversificadas e favoráveis aos consumidores que retribuem de maneira satisfatória aos anseios dos feirantes.

Com muitos produtos semelhantes (até no preço), a abordagem diferenciada é que traz consumidores que ao buscar seus produtos ou até por passar no local mesmo sem pretensão de compra, muda seu perfil e acaba comprando o produto.

O que antes parecia ser um ato de sorte ou de coincidência em minha visão prematura e sem nenhuma pretensão analítica sobre sucessos e fracassos dentro do contexto de vendas dos feirantes, hoje passou a ser um “signo” com significante e significação expressiva sobre determinado tema.

Assim, vejo que até de forma inconsciente ou sem um aparato técnico, o resultados dos objetivo dos feirantes está interligados à ações de planejamentos estratégicos que aliado ao conhecimento, experiência, criatividade, relacionamento interpessoal e uma visão analítica dos signos (semiótica), são de fundamental importância ao resultado final.

Não é por acaso que determinados feirantes usam como estratégicas um grito diferenciado, ou porque determinada barraca de cor azul vende mais que a do lado de cor preta, ou que a maioria proferem os salgadinhos da “Dona Iolanda”. E que tão observar que enquanto a maioria expõe as roupas à venda no chão, uma feirante armou uma barraca e suas roupas ficam penduradas em cabides (uma loja ao ar livre).

É fantástica tais observações e magnífico que os consumidores passam a ser fieis aos idealizadores de idéias inovadoras consumindo seus produtos e fazendo propagandas dos produtos e serviços prestados.

Ir a feira passou a ter um novo significado, sem dúvida é um grande laboratório como tudo ao nosso redor que a medida em que se aprofunda os estudos, mais significação passa a ter em nosso novo mundo, o fabuloso e infinito mundo da comunicação.


Edson Medeiros Rodrigues Maciel

DEMOKRATÍA

A Grécia do período áureo, do século de ouro de Péricles, nos deu um modelo ideal de convivência em sociedade. Os gregos falavam em “demokratía”. Uma espécie de soberania popular. Todavia, hoje democracia soa dicotômico. Soberania popular? Existirá realmente?

Primeiramente, o que é um governo democrático? Alguns dizem que é a soberania que emana do povo, ou que a ele pertence. Talvez seja o sistema político que se adapta aos interesses do povo. Então democrático é aquilo que convive harmoniosamente com todas as classes sociais. Mas isto acontece?

Seria o nosso sistema democrático uma idealização? Talvez recordação de períodos sublimes do passado, hoje presentes apenas em pensamento? É indubitável a sensação de que a democracia não está funcionando. Por que é assim? Tem que ser assim? Faz parte da soberania popular?

Os estadistas são representantes do povo. Nós os indicamos. Os elegemos. Sem o nosso aval, nada são. Afinal, o Brasil é uma democracia, e quem manda é o povo. Não é? Tentam nos fazer acreditar nisto. Na realidade, estamos condicionados até os pescoços. Compram nossas crenças com vãs esperanças e elaboradas jogadas de marketing. E nós, temos consciência imediata disto?

As pessoas vivem em sociedade. Esta convivência engendra uma consciência coletiva. Existe um instinto coletivo social inato, que desperta através das relações interpessoais. Porém, é tão maltratado, tão influenciado e persuadido, deveras manipulado, que se perde dentro de um caldeirão de pulsões e futilidades. Triste época a nossa: aprendemos a ler e escrever, para não aprender a votar! Sem contar os que aprendem, para logo após, esquecer. O analfabetismo político é muito denso, quando nos aperceberemos disto? Quando nos tornaremos cônscios da situação em que vivemos? Do poder de nossas escolhas?

Esquecemos que tudo o que é político (do grego “politikós”), é próprio da “polis” grega, da “civitate” latina, das cidades brasileiras. O político representa a cidade (o homem é um ser político, já dizia Aristóteles). A cidade é o recinto do povo. Logo, o político representa o povo. E se representa, merece atenção do mesmo. O futuro da sua cidade, o seu futuro, ele é mensurável. E tem a extensão do seu voto. Vale tanto quanto ele. É importante ter consciência disto.

Aqui é oportuno citar o Código Eleitoral: “Todo poder emana do povo e será exercido em seu nome, por mandatários escolhidos, direta e secretamente, dentre candidatos indicados por partidos políticos nacionais, ressalvada a eleição indireta nos casos previstos na Constituição e leis específicas.”(Art. 2º)

“Todo poder emana do povo e será exercido em seu nome”. Eis um princípio democrático. No entanto, é preciso que o povo o conheça e faça-o valer, que lute por ele. Não podemos acatar uma democracia utópica. Se a soberania é popular, ela tem que atingir o povo. Na verdade, em termos de Brasil, nos últimos anos algumas coisas realmente melhoraram. Só que ainda é pouco perto do que pode e/ou deve ser. Não podemos permanecer uma pátria de analfabetos políticos para sempre. Quinhentos anos se passaram, e onde está a consciência política? Nosso consciente social coletivo não pode continuar recalcado. Este poder emana do povo não pode ter outra fonte que não o povo. E o próprio povo deve regulá-lo.

A “demokratía” pertence aos gregos. Construamos a nossa democracia, brasileira e real. Caso contrário, queimemos todos os livros de economia e ciência política que versão sobre o assunto, pois se não atingir efetividade real, este modelo não passará de uma atualização da civilização imaginada por Thomas Morus (e será mais adequado mudar o paradigma). Uma Utopia (do grego “ou” + “topos”, a negação de um lugar, ou seja, em lugar nenhum). Será este o propósito da democracia? Apontar para lugar nenhum? A resposta pertence ao tempo, e às escolhas de um povo, consciente ou não...

sábado, 11 de outubro de 2008 Tags: 3 comentários

Corel Draw vs. Illustrator


Comparar os recursos dos dois programas é complicado, pois olhando pela parte de Artes Gráfica o que importa é o resultado final, que vai para a impressão. Mas o Illustrator está à frente pois mantém recursos digamos que assim básicos dos programas da Adobe, por exemplo: Filtros e Camadas, e as camadas fazem a diferença, o Corel até tem camadas mas não tem a praticidade igual a do Illustrator.


Visando o mercado de Artes Gráfica, o Corel é o mais aceito pois é como se fosse o programa básico de todas as empresas, mas isso é reflexo de que há pouco profissionais que mexem com o Illustrator e outros tipos de arquivos como por exemplo o PDF. Isso é fato no país todo, apenas grandes centros urbanos que apresentam tais profissionais e empresas mais qualificadas.


O Illustrator por ser um programa recente de vetorização a sua usabilidade ainda é pouca com relação ao Corel que está no mercado desde 1989, mas o programa da Adobe está tendo uma aceitação enorme no mercado profissional e até mesmo o não profissional.


Outro fator que o Illustrator se destacou foi com o seu desempenho, que quase não trava ou até mesmo nunca trava igual o Corel. Isso pode ser visualizado quando no Corel Draw você vai fazer um simples efeito de marca d'água em alguma logo por exemplo.


O Corel você faz isso tranquilamente mas se fizer usando a transparência com um objeto em cima da logo, tem o efeito final excelente, mas se for fazer a impressão o Corel não entende como tudo um único objeto aí sai duas cores na parte onde tem o objeto com transparêcia, ou seja o programa é considerado burro.E pode usar também o Power Clip mas a qualidade não fica agradável, e com o Illustrator basta apenas reduzir a opacidade da logo, ficando perfeito a marca d'água e de forma bem mais simples.


Apesar de tudo quem domina um dos dois programas sempre consegue realizar o trabalho proposto de forma excelente, isso é de cada um, pois a dominação de algum programa os defeitos e vantagens do programa são sanados e usados de forma sempre ter criações fabulosas nesse mercado que cresce e que sempre tem novos recursos para ter um resultado final comum.


Ser suficiente artista é ter capacidade de desenhar a imaginação. A imaginação é mais importante que o conhecimento. O conhecimento é limitado. A imaginação envolve ao mundo.

Albert Einstein

Felype Abreu Silva

quinta-feira, 9 de outubro de 2008 Tags: 1 comentários

OLHAR SEMIÓTICO: A cólera de Aquiles!

Você já assistiu ao filme Tróia, uma mega produção do cinema recente, com Brad Pitt no papel de Aquiles? Qual o olhar que você lançou para este filme? Pode enxergar o longa-metragem por detrás do filme? A trama subjacente a história? Foi um roteiro interessante, que revela uma temática semiótica das mais interessantes.

Os relatos da guerra são famosos. Dois livros célebres têm-na como tema. A Ilíada de Homero conta a guerra, e centra-se na ira de Aquiles. Virgílio argumenta sobre a guerra em passagens de sua epopéia Eneida, contando o que aconteceu com os troianos após a derrota, e mostrando a saga de Enéias, último herói troiano. Todavia, o relato de Virgílio é mais recente. Data do período áureo das letras romanas. Homero provavelmente nasceu em 850 a.C., e é ele então uma fonte primária dos acontecimentos. O que sabemos da guerra é que ele deve ter acontecido em meados do século XII a.C..


Neste período, o mundo era tomado por cresças múltiplas (quiçá ingênuas). Acreditava-se nas mais diversas divindades que regiam todas as coisas. Existia um Deus diferente para cada objeto. Estes deuses regiam o destino das pessoas. A qualquer momento as Parcas podiam cortar o fio da existência singular de qualquer indivíduo. Todos estavam à mercê do Olimpo...


Deixando estas informações de lado, vamos nos deter em alguns signos que são muito ricos. Primeiro, o questionamento magno oferecido por esta visão de Tróia. Em momento algum o filme mostra deuses governando o destino. Na verdade, há questionamento a respeito da efetividade divina sobre o que acontecerá com as pessoas. A vontade dos deuses, tida como onipresente e soberana é posta em xeque. Isto é forte principalmente nos dois personagens mais intensos da trama: Aquiles e Heitor.


Certa penumbra filosófica paira sobre Aquiles durante todo o filme. A fúria de Aquiles é histórica (“Cantai, ò Deusa, a fúria de Aquiles”; assim começa a Ilíada de Homero). A ira do guerreiro implacável é mítica! Mas o personagem é enriquecido com indagações sobre as crenças e atitudes comuns para a época. O Aquiles do filme foi humanizado, vê mais longe do que o personagem homérico. As causas que moviam pessoas e reinos eram insuficientes para Aquiles. Um homem cujo crédito em si mesmo tornava desnecessária uma multiplicidade de deuses. Se houvesse um Deus para Aquiles, seria a lâmina de sua espada. Era ela (aliada a sua habilidade com a mesma) quem decidia sua vida ou morte, e não algum ser maior que olha tudo de fora.


Deuses não lutam guerras! Por isto, Aquiles não os teme. O implacável herói tem tanta consciência sobre suas convicções que em uma das cenas mais interessantes do filme, o mesmo arranca a cabeça de uma estátua do Deus Apolo com sua espada. Heitor vê a cena. E se interroga muito sobre o acontecido. Apolo viu sua estátua ser decapitada. E não reagiu. Por quê? Serão suficientes as crenças de que o destino das coisas e pessoas é regido por divindades invisíveis?


Heitor torna-se signo da mutabilidade da qual uma crença é alvo. Afinal, se Apolo não reagiu a uma violência contra uma imagem sua, por que reagiria por outros motivos? Se o Deus não cuida de si mesmo, cuidará dos outros? Heitor percebe a fragilidade da crença manifesta por todos (do senso comum). Apolo decidirá realmente o futuro de Tróia? É sábio por o futuro de um povo nas mãos de um Apolo que não reage diante de um simples homem?


Mas voltemos a Aquiles. O herói desafia o destino. Na cena de mais próxima referência a uma divindade, temos Aquiles conversando com sua mãe. Sabe-se que Aquiles era filho da deusa Tétis. Ela aprece em uma cena anunciando o destino do filho. É sugerida a divindade, porém apenas implicitamente. Curioso, quando consideramos que a Ilíada é repleta de intervenções divinas, com os Olímpicos participando ativamente da guerra. No entanto, Tróia não é um longa-metragem sobre a soberania dos deuses. Tróia é um drama, ou antes, uma epopéia sobre a tragédia humana. Um episódio patético da vida de um homem: Aquiles...


A cólera de Aquiles é o motivo central do filme Tróia. O furor de um herói que escolhe ele mesmo o seu destino. O objeto do signo de destino não são os deuses. É antes, o ímpeto de Aquiles (herói que em momento algum da Ilíada é retratado como monstro, mas que aparece no filme como traços marcadamente humanos). Sua fúria determina suas escolhas. O herói grego tem ciência acerca do quebrantamento de seus adversários. Eles crêem no destino – Aquiles não. Crêem em diversos deuses – Aquiles desafia as divindades. O herói grego percebe que o interpretante dos signos destes deuses é hipotético (deuses não lutam!). Aquiles confia em sua espada, em sua destreza e em sua cólera. Assim o destino é edificado em cada batalha...


Pintura magnífica de um filme que tenta mostrar uma realidade humana redesenhada a partir das páginas míticas da Ilíada. Mesmo com cenário e personagens recriados, ao filme subjaz uma riqueza de signos maravilhosa. A fúria de Aquiles é o signo dos homens que se encontram diante de uma ambigüidade elementar: tomam as rédeas do próprio destino, ou as jogam nas mãos de outro ser. Guiar ou ser guiado, eis a questão! A lição derradeira do filho de Tétis é que a glória atingida com suor próprio está acima de qualquer conquista.



“Vencer sem perigo é triunfar sem glória. Quanto mais difícil for a obra, mais belo é o desempenhá-la.” (Antônio Frederico Ozanam)


Adriano José Gonçalves