segunda-feira, 25 de agosto de 2008 Tags: 1 comentários

Comunicação no Contexto Contemporâneo

Até atingir o patamar dos dias atuais a Publicidade caminhou muito. Houve transformações consideráveis no meio. O profissional de Comunicação não pode contentar-se em ser publicitário apenas. Somente os comunicólogos avançam no meio. Profissionais de múltiplas valências. Com amplitude de visão suficiente para inovar. Comunicólogos são especialistas em planejamento e estratégia. Sabem que a ação criativa é um diferencial que precisam cultivar. É preciso incrementar a Publicidade. Efetividade apenas já não é o bastante. O anúncio precisa ser visto, notado, percebido. Mas, além disto, deve criar laços. Produto bom é produto que cria uma identidade com o consumidor.


O século XX viu a Comunicação dar as mãos à tecnologia. Novas tecnologias surgiram e canalizaram novas possibilidades para atingir os consumidores. As produções começaram a ser cada vez mais adequadas às necessidades e preferências dos consumidores. Mudou drasticamente a forma como as ofertas de mercadorias chegam aos clientes. Foi a forma encontrada para otimizar adequadamente os lucros. Descobriu-se então a importância e alcance de fatores como: pesquisa de mercado, design de produtos, campanhas publicitárias, atendimentos pós-venda, etc. Estas sendas vinham sendo prenunciadas com o passar dos anos, e se consolidaram definitivamente nos últimos 20 ou 30 anos. A década atual só acrescentou mais solidez ao cenário. Estas ações, estrategicamente formuladas, visam influenciar o público quanto à determinada idéia, instituição, marca, pessoa, produto. Eis quiçá a grande pérola da Publicidade no Contexto Contemporâneo: o Marketing!


Marketing é um “conjunto de estratégias e ações que visam a aumentar a aceitação e fortalecer a imagem de pessoa, idéia, empresa, produto, serviço, etc., pelo público em geral, ou por determinado segmento desse público.” (Novo Dicionário Aurélio). O assunto é tão sério que o Marketing se desdobra em múltipla facetas quando aplicando em campos diferentes. Podemos falar em Marketing: corporativo, cultural, direto, ecológico, empresarial, esportivo, institucional, político, social, dentre tantos outros, cada qual com o seu enfoque específico. Na verdade, perspectivas diversas de uma mesma abordagem do fenômeno da Comunicação Social.


Mas a Comunicação no Contexto Contemporâneo apresenta outros fenômenos dignos de referência. Descobriu-se que mercado segmentado é sinônimo de trabalho facilitado. Encontrou-se então o “Target”. E começou a falar-se sobre consumidores, não-consumidores e potenciais consumidores. Descobriu-se então o “Prospect”. E foi chamada a atenção para o fator motivacional que deve estar presente nas campanhas publicitárias. Clientes em potencial existem aos montes. Saber conquistá-los é dever do comunicólogo. Desvendar uma forma de conduzir mensagens de forma a impactar o interesse das pessoas, atiçando o desejo. É fundamental considerar “Target” e “Prospect”.


Outro aspecto marcante da Comunicação moderna é a identidade. O que diferencia um produto de outro? O que eu percebo que me faz recordar de alguma coisa? A identidade do produto o destaca no meio da multidão. A Coca-Cola tem uma identidade gustativo-olfativa que faz com que eu aprecie o produto (diferenciando-o mesmo de outro similar, como a Pepsi-Cola, por exemplo). No entanto, em um primeiro momento, o que constrói a Coca-Cola como um produto para mim é a sua identidade áudio-visual. Um conjunto específico de símbolos e cores identifica a marca. Ter identidade sólida é um fator dos mais significativos atualmente, onde as cópias e plágios surgem continuamente.


Um fator para o qual é bom chamar atenção é que a fidelidade às marcas já não tem a mesma força de outrora. O “Brad” já não pesa tanto. Ser o melhor nem sempre é suficiente. Ser bom às vezes satisfaz. O consumidor ficou inteligente. Agora pensa no custo benefício das possíveis aquisições. Talvez esta tenha sido uma das maiores revoluções na história da Comunicação (quiçá a maior). Uma “revolução copernicana”, onde o consumidor deixou de gravitar em torno do produto, para ser o centro gravitacional que condiciona o caminho do produto. Eis a grande tacada da Publicidade moderna: estabelecer relacionamentos! Consumidor satisfeito é cliente mantido. E se o consumidor se identificar com o produto, xeque-mate: eis um novo embaixador para o mesmo. Trabalho bem feito é feedback garantido. É uma questão de visão. Timing. Aqui vale a pena citar Peter Drucker: “Mais do que nunca, ter uma visão voltada para o futuro é a diferença entre o sucesso e o fracasso”.


Seria ainda interessante abordar as diversas e doutas estratégias de Marketing que foram elaboras na Comunicação hodierna. Porém, isto fica para as futuras postagens...


Até a próxima...


Adriano José Gonçalves

segunda-feira, 18 de agosto de 2008 Tags: 0 comentários

Sendas da Comunicação

Como é a Comunicação hoje? Pergunta simples que, todavia aponta para outra mais complexa: como tem caminhado a Comunicação no espaço-tempo até chegarem os dias atuais? A preocupação com o ato de comunicar algo e sua eficácia não é inato ao ser humano, e nem surgiu do nada. Vamos retroceder no contínuo espaço-tempo e lançar o “olhar publicitário” sobre as sendas da Comunicação.


A preocupação com a Comunicação começou a ganhar a forma como vemos hoje somente no século XIX. Foi quando se deram conta da necessidade de comunicar alguma coisa, e de como esta deveria ser organizada para obter algum retorno. Se quiser vender algo, devo anunciar o que vou vender, onde e como. É uma observação que parece óbvia hoje, mas nem sempre foi assim. Aliás, foi com uma preocupação destas que surgiu o jornal. Anunciar fazia-se necessário.


Veio o século XX. Surgiram as revistas. Os anúncios passaram a ser ilustrados. Eram os avanços do parque gráfico vindo à tona. Já existiam empresas que buscavam especializar-se em anúncios. E estas estavam evoluindo para um novo formato: começavam a desenhar-se as bases para as atuais agências.


Surgem novas possibilidades para abordar-se um produto. Algumas empresas percebem isto e começam a investir inteligentemente. A Bayer, gigante dos medicamentos, é a primeira a fazer campanhas promovendo os seus produtos. Surgem os jingles. A Publicidade vai para as ruas, na forma de painéis de estradas. É a Comunicação caminhando paulatinamente...


As décadas de 30 e 40 verão um crescimento vertiginoso das técnicas de Publicidade. A Segunda Grande Guerra contribui demasiadamente para isto. O rádio desponta como a mídia cardinal. O Nazismo cria estratégias psicológicas para anúncio efetivo das mensagens políticas. Período de repressão histórico. A liberdade de imprensa praticamente deixa de existir.

Todavia, no meio destas intempéries começam a desenvolver-se estratagemas importantes de Publicidade. Já parou para pensar como o responsável pela divulgação e imagem de Adolf Hitler era inteligente? Pois não foi apenas a força e crueldade que o marcaram. Hitler ficou igualmente marcado pelo carisma que produzia junto ao povo, pela imagem que construiu para a nação alemã. Comunicar é uma arte, e a utilização dela é condicionada por quem inicia o processo de interação. Os meios engendram os fins.


No entanto, nem só de política e mensagens subliminares repressoras vivia o rádio. Surgiram as radionovelas nesta mesma época. Despontavam também os programas de auditório. O pós-guerra viu o nascimento da Guerra Fria, e um novo desenvolvimento das ferramentas e mídias de Comunicação. Foi o anúncio da evolução eletrônica que se teria início nos próximos anos. Os eletrodomésticos multiplicam-se pelos quatro cantos do mundo. Refrigerantes viram mania e ganham o mercado. A Coca-Cola, símbolo do capitalismo norte-americano, começa a sua política de expansão rumo à onipresença que temos hoje.

A década de 50 apresenta a TV. Uma nova era para a informação é então inaugurada. A Publicidade começa a ter investimentos mais consideráveis. Algumas agências tornam-se multinacionais. O setor começa a dar passos mais largos. A década de 60 assiste ao advento da Indústria Cultural Brasileira. Década de 70. Já existia uma organização da Publicidade (a ABA foi criada na década anterior), porém a fase de ouro da Publicidade brasileira começar a desenhar-se somente neste momento. A TV desbanca o rádio como principal mídia. Chega o Vídeo Tape, e a produção publicitária revoluciona-se. Tanto evoluiu que em 1972 Washington Olivetto ganha o Leão de Cannes, prêmio que marcou a Publicidade no Brasil.

As décadas de 80 e 90 assistiram à retificação da maturidade da Comunicação no Brasil. Publicidade tornou-se algo cada vez mais sério. De inicio tudo se centralizava nas agências. Mas isto foi mudando com o tempo. As grandes organizações foram percebendo a necessidade de focarem constantemente o setor. Fazia-se necessária ter um profissional do meio dentro das empresas. Mais que isto, era preciso um setor todo para a organização da Comunicação. Percebeu-se logo que este diálogo não deveria ser somente entre empresa e consumidor, deveria acontecer também com os empregados. Comunicação externa e interna.


Mudaram muitas coisas na Publicidade. E a década de 90 assistiu a consolidação de uma nova grande mídia: a internet. Computadores começaram a ser cada vez mais populares. Era uma nova revolução para a informação. Empresas de tecnologia, como a Microsoft, passaram a ser mais valorizadas do que petrolíferas. Surgia a Era da Tecnologia. Uma palavra dominava cada vez mais os diálogos sobre Publicidade: marketing. Era estruturada a Comunicação no contexto contemporâneo. Todavia, isto é assunto para ser tratado alhures. Nossa linha do tempo exaure-se quando toca os dias de hoje...


Grande abraço e até a próxima!


Adriano José Gonçalves

O JOGO DOS SETE ERROS

Após estudar sobre Agência de Publicidade, aprendi o que deve ser feito em nível de revisão. Decidi então postar sobre o jogo dos sete erros dentro de uma campanha publicitária.


1. Não Definir Claramente o "Target" da Campanha. Afinal, a quem se dirige a campanha de publicidade? Se não conseguir responder sem hesitar, é melhor não passar às fases seguintes do processo. E não é aceitável dizer que "o alvo da campanha são todos os consumidores". Nunca se consegue captar a atenção de todos eles. Mesmo para produtos de grande consumo, uma campanha de publicidade só pode ir em frente se tiver o público-alvo bem definido.


2. Não se Distinguir da Concorrência. Não conseguir descobrir o essencial acerca da marca (algo único e distintivo) que seja digno de destaque, e que nos ajude a motivar e conquistar o consumidor é garantir o insucesso da campanha. É um erro que advém da falta de uma orientação estratégica clara.


3. Não Conhecer bem o Mercado-Alvo. A agência de publicidade pode saber claramente a quem é que pretende que a campanha se dirija, mas não conhecer bem o seu público-alvo. Quando se trata de uma marca conhecida no mercado, há que ir acompanhando a sua aceitação, a possível mudança de hábito dos consumidores e verificar possíveis formas de melhoria para, no momento da preparação da campanha, reunir o maior número de informações relevantes. O ideal é recorrer a estudos de mercado. Tratando-se de um produto ou serviço novo, há que se fazer uma sondagem junto de potenciais clientes para verificar a sua receptividade. Pesquisas com sessões de prova/experimentação do produto são bastante eficazes.


4. Errar na Mensagem. O fato de a mensagem definida no "briefing" não ser inspiradora é uma falha grave. "Uma boa idéia não surge do nada. Ela resulta de um ‘salto criativo’, dado em cima de uma orientação clara espelhada na mensagem. Quanto mais inspiradora e relevante ela for, melhor será a idéia criativa daí resultante".


5. Prejudicar a Eficácia em Prol da Criatividade. É necessário refrear a imaginação dos criativos e fazer com que coloquem os pés na terra. Uma campanha pode ser tecnicamente brilhante, ganhar prêmios de criatividade, mas, na prática, não atingir o alvo e fracassar por completo. Se os consumidores a quem a mensagem supostamente deveria se dirigir não a perceberem, também não irá identificá-la como dirigida a eles e não a reterão em suas mentes.


6. Não ter em Conta os Aspectos Culturais. Há produtos universalmente conhecidos. Mas, nem por isso deverá ser utilizada a mesma abordagem de campanha em todos os países. Diferentes culturas interpretam e reagem à mesma mensagem publicitária de formas diferentes. Por isso, é essencial definir uma estratégia consistente e ao mesmo tempo flexível para não ferir suscetibilidades. O mesmo se aplica à utilização de estereótipos (insinuar, por exemplo, que todas as mulheres são donas de casa) que podem ser encarados como um insulto, além de ajudarem a reforçar preconceitos sociais.


7. Escolher os Meios Publicitários Errados. A televisão é um meio de comunicação de massas, mas poderá, nem sempre, ser o mais adequado para fazer uma campanha de publicidade. Muitas vezes para determinado produto chegar ao seu alvo, bastará um anúncio numa revista de menor tiragem, por exemplo, de uma determinada ordem profissional: chega a um número restrito de pessoas, mas essas podem ser exatamente o público-alvo do produto ou serviço em causa. Independentemente do orçamento disponível para a campanha, a escolha dos veículos ou mídias certos é imprescindível para não "dar tiros em todas as direções".


Márcia de Araújo Pereira,

domingo, 17 de agosto de 2008 Tags: 0 comentários

Teorias da Comunicação

Olá meus amigos comunicólogos, estamos voltando com a bola toda para esse segundo semestre depois de umas férias boa.

Volto com um assunto da segunda etapa do curso, com Teorias da Comunicação, envolve muitos tipos de teorias, de vários pensadores, assim como na parte de Semiótica, que há um conflito de idéias, tanto assim que as duas matérias se intertextualizam.

A comunicação relaciona- se com comunidade, trocas de informações, podendo ter um aspecto biológico sensorial, entrando a parte da semiótica. Na parte de teoria da comunicação, o conceito tem que ser de acordo com as gerações diferentes em que a comunicação esteve sempre ativa, ou seja, a comunicação é nada mais que troca de experiências.

Logo, a comunicação, de acordo com a história, vem se adaptando e sendo estudada devido à cooperação, sendo um instrumento de equilíbrio para que não sejam cometidos erros, e sempre elevando, tanto na parte dos meios de comunicação tanto para a comunicação social, para melhor atender a sociedade em geral e também para a integração do meio social com as empresas, trazendo uma comunicação positiva.

De acordo com o Padre Augusto Magne, comunicar significa participação, troca de informações, tornar comum aos outros idéias, volições e estados d’alma. Assim, mostra a complexidade da comunicação que envolve aspectos biológicos, pedagógicos, históricos, sociológicos e antropológicos.

Obrigado, abraços

Felype Abreu Silva

quarta-feira, 13 de agosto de 2008 Tags: 5 comentários

“SEMEION”, Óticas da Comunicação

Cordiais saudações! Os Comunicólogos curtiram as férias, mas estão de volta, com Blog repaginado e ânimo nas alturas. Não podíamos abandonar este Blog, afinal ele tem um significado especial para nós. E falando em significado, esta palavra remete para o assunto da minha postagem de hoje. Recomeçando as aulas. Disciplinas novas. E uma pergunta foi repetida algumas vezes em sala de aula: O que é Semiótica? Bom, eis a questão... Hehehe...


Um primeiro contato com esta palavra pode causar alguma cisma. A sonância (semi-ótica) ocasiona um impacto auditivo que induz algumas interpretações. Os conceitos previamente formados são inevitáveis. Porém, Semiótica não é “ótica de símio”, nem “meia ótica, ou metade de uma ótica”. A palavra Semiótica tem a sua origem no grego “semeion”, que significa “signo”. Semiótica é, portanto a ciência dos signos, ou arte dos sinais. À primeira vista talvez soe estranho, todavia vamos aprofundar na questão, e o véu do dubitável paulatinamente desaparecerá...


O que é um signo? Uma coisa eu garanto: não tem nada de zodiacal no significado que abordaremos doravante. Assim diz o dicionário Houaiss “designação comum a qualquer objeto, forma ou fenômeno que remete para algo diferente de si mesmo e que é usado no lugar deste numa série de situações”. Deu para entender? O que a suástica lhe traz a mente? (O Nazismo? Hitler?) E um crucifixo? (Cristianismo? Ou Jesus Cristo?) E por que você faz estas associações? Por que estes símbolos remetem especificamente a estes elementos e não outros?


Se você está me acompanhando, acabamos de adentrar no campo de interesse da Semiótica. Um signo é o que eu chamaria de “fator significante”, em outras palavras, algo que significa alguma coisa. Alguma coisa para quem? Para um sujeito que o percebe. Como assim? Quando eu desperto para o mundo, assimilo-o pelas percepções interna e externa, isto é, por via empírica (sentidos), e por via pura (raciocínios apriorísticos). Estou sempre trazendo o mundo para mim. Um signo nada mais é do que algo que aponta para algum objeto, como uma seta. O signo representa um objeto. Ele não é um objeto, mas aponta para ele ou o substitui. É mais ou menos assim: uma pintura da Muralha da China aponta para a Muralha da China, faz pensar nela, representa-a, mas não é a Muralha da China, permanece ainda pintura. Esta pintura é um signo. Representa algo. Aponta para alguma coisa (no caso, a Muralha da China). Transporta ou determina um significado. De certo modo, substitui a Muralha propriamente dita, como fariam também uma fotografia da Muralha, ou um filme, desenho, ou mesmo o meu olhar sobre a Muralha durante a transmissão das Olimpíadas de Pequim. São todos signos que apontam para uma mesma coisa: a Muralha da China.


É uma relação complexa. Vamos considerar outro exemplo: abro um livro e nele vejo uma fotografia do cientista Albert Einstein. A fotografia é um signo. Ele remete para o ser humano Einstein, que é diferente da foto, sendo, todavia substituído por ela. A foto representa o homem. Esta relação de representação que acontece entre o signo (foto) e o objeto (Einstein) produz na minha mente um segundo signo, que produz o significado desta percepção. Raciocinamos utilizando signos, pois necessitamos de estabelecer significados para as coisas (seria a comunicação uma permutação sigmática?). É fato: tudo o que está em nossa mente carrega algum sentido latente consigo.


Os signos surgem então da união entre significado e significante. Há uma representação, que cria um significado e remete a um objeto (aqui poderíamos dizer que o signo intermedia o contato entre sujeito e objeto; uma Fenomenologia da percepção apontaria os signos como “átomos”, unidades básicas do processo de interação entre pessoas). Os signos são vitais para a comunicação, pois sem eles não haveria linguagem, e conseqüentemente, relações interpessoais. Os signos são responsáveis pelo sentido da comunicação. Aliás, a definição de linguagem do dicionário Houaiss é a seguinte: “sistema de símbolos ou objetos instituídos como signos”. E é bom ressaltar que tudo o que tem a capacidade de transportar significação, pode ser chamado de signo, independente de sua natureza. Seja som, figura, filme, objeto, gesto, palavra, etc. São todos signos, pois são formas de linguagem. Poderíamos ainda visualizar o seguinte: Direito é a linguagem das leis, Medicina é a linguagem da saúde, Óptica é a linguagem da luz e Citologia é a linguagem das células. Comunicam algo. Representam alguma coisa. Portam significado. Este é o ponto!


Estas são as sendas da Semiótica. Uma ótica nova, que analisa a diversidade de perspectivas possíveis para a linguagem em geral. "A Semiótica é a ciência que tem por objeto de investigação todas as linguagens possíveis, ou seja, que tem por objetivo o exame dos modos de constituição de todo e qualquer fenômeno de produção de significação e de sentido." (Lúcia Santaella). Isto é Semiótica! Alguns chamam de doutrina dos signos. Outros preferem a expressão ciência dos signos. Trata-se na verdade de uma investigação sistemática da natureza, propriedades e tipos de signo.


Representa algo? Carrega ou produz algum significado? Remete alguém a algum objeto? Então, é um signo! E é objeto de estudo da Semiótica! Esta na verdade, antes de ser uma “semi” ótica, é uma “meta” ótica...
Até a próxima...